por Aristídes Alonso, professor da FACHA
“É proibido proibir!”. “Sejamos realistas, exijamos o impossível”, quem não se lembra disso?
68! do século passado foi um acontecimento político, sexual, cultural. Evento que abriu novas possibilidades de existência em muitas partes do mundo. Fronteiras da velha sociedade disciplinar ruíram como o muro de Berlim - e tantos outros muros desabariam algum tempo depois. Fundamentos e fronteiras que pareciam sólidos, organizados e permanentes caíram sob olhares incrédulos e perplexos. Como as Torres Gêmeas em 11 de setembro.
Mas as transformações resultantes de um ato de REBELIÃO ou CRIAÇÃO são rapidamente incorporadas e massificadas pela cultura e, se foram úteis naquele momento, já se tornaram elas mesmas insuficientes, ou mesmo opressoras e alienantes.
De 68! há que tomar o ESPÍRITO de rebelião, a insatisfação com a realidade, a vontade de mudar o mundo permanentemente. Se não podemos acabar com o “mal-estar na civilização” de que falava Freud, pelo menos podemos pensar em uma sociedade diferocrática, inclusiva e capaz de conviver com a pluralidade e as diferenças, porque - se somos diferentes em nossas expressões mentais e culturais - somos todos ABSOLUTAMENTE VINCULADOS a ISSO onde existimos, o que impõe a todos nós uma igualdade radical. Ou seja, o BARCO É O MESMO e não dá para “sartá fora” dele, não dá para dizer “pára o mundo que eu quero descer”, como se dizia nos anos 70. Mas é nele - mesmo porque não há outro - que podemos achar novas soluções e novas formas de existência.
Então, não precisamos ficar nem saudosistas nem deprimidos: o presente também está prenhe de possibilidades. E temos competência para transformá-lo. Mas, para tanto, HÁ QUE SE REBELAR CONTRA A ALIENAÇÃO PRAZEROSA em que vivemos e ousar um ato de liberdade na lembrança exemplar de 68!
68! do século passado foi um acontecimento político, sexual, cultural. Evento que abriu novas possibilidades de existência em muitas partes do mundo. Fronteiras da velha sociedade disciplinar ruíram como o muro de Berlim - e tantos outros muros desabariam algum tempo depois. Fundamentos e fronteiras que pareciam sólidos, organizados e permanentes caíram sob olhares incrédulos e perplexos. Como as Torres Gêmeas em 11 de setembro.
Mas as transformações resultantes de um ato de REBELIÃO ou CRIAÇÃO são rapidamente incorporadas e massificadas pela cultura e, se foram úteis naquele momento, já se tornaram elas mesmas insuficientes, ou mesmo opressoras e alienantes.
De 68! há que tomar o ESPÍRITO de rebelião, a insatisfação com a realidade, a vontade de mudar o mundo permanentemente. Se não podemos acabar com o “mal-estar na civilização” de que falava Freud, pelo menos podemos pensar em uma sociedade diferocrática, inclusiva e capaz de conviver com a pluralidade e as diferenças, porque - se somos diferentes em nossas expressões mentais e culturais - somos todos ABSOLUTAMENTE VINCULADOS a ISSO onde existimos, o que impõe a todos nós uma igualdade radical. Ou seja, o BARCO É O MESMO e não dá para “sartá fora” dele, não dá para dizer “pára o mundo que eu quero descer”, como se dizia nos anos 70. Mas é nele - mesmo porque não há outro - que podemos achar novas soluções e novas formas de existência.
Então, não precisamos ficar nem saudosistas nem deprimidos: o presente também está prenhe de possibilidades. E temos competência para transformá-lo. Mas, para tanto, HÁ QUE SE REBELAR CONTRA A ALIENAÇÃO PRAZEROSA em que vivemos e ousar um ato de liberdade na lembrança exemplar de 68!
9 comentários:
Pena que a organização do evento deixou a desejar...
A iniciativa foi fantástica, a programação muito boa, a estrutura fornecida pela Faculdade ótima.
Porém, nos dois últimos dias dei com "a cara na porta" nas duas salas de exposição. Uma pena...
Afinal, esse é o Brasil, 40 anos depois....
Pena que a organização do evento deixou a desejar...
A iniciativa foi fantástica, a programação muito boa, a estrutura fornecida pela Faculdade ótima.
Porém, nos dois últimos dias dei com "a cara na porta" nas duas salas de exposição. Uma pena...
Afinal, esse é o Brasil, 40 anos depois....
Realmente Guilherme, tivemos alguns problemas de organização sim. Mas ainda assim fornecemos à vocês as oficinas de pintura e grafite. As palestras foram muito bem sucedidas com convidados como Eryk Rocha, Marcelo Yuka, Regina Zappa, Ernesto Soto, Arthur Poerner entre outros. O espetáculo de teatro foi um show à parte que acredito ter deixado muita gente impressionada. Nos últimos 2 dias tivemos dificuldades em deixar as salas de exposição abertas ao longo de todo o dia mas nos outros dias as pessoas puderem acessá-las o dia inteiro. Falhas ocorreram ao longo do processo, mas a equipe se botou a frente para construir um projeto bonito e feito com o peito aberto. As falhas que tivemos, acredito não terem apagado o brilho da iniciativa e o resultado da grande maioria dos segmentos propostos. Agradeço muito a sua crítica, acho que o fato de você ter se manifestado mostra que realmente foi um participante ativo dessa semana. Sem contar que poderemos aprender com nossos erros e acertos para trazer novas iniciativas. Afinal, há muito tempo não se via nada parecido na faculdade e nós éramos marinheiros de primeira viagem. Brigadão Guilherme pela contribuição e esperamos trazer mais coisas boas para o respiro cultural da faculdade. Quem sabe você não participa conosco. Grande abraço, Aruan Lotar!
Durante os 4 anos que estou na Facha,pois já estou me formando, com certeza esse foi a melhor semana acadêmica que tivemos na faculdade. Pena que muitas palestras ficaram vazias, não por falta de alunos que estudam no campus, mas por falta de interesse político, histórico e cultural de nossa juventude. 1968 não é só um marco na história de nosso País, é um exemplo a ser seguido por todos. Um exemplo de luta, garra, valores e acima de tudo de união entre todos. As palestras foram fantásticas, a escolha dos filmes perfeitas, as exposições, a peça, enfim o evento foi de suma importância para nós estudantes.
Pela primeira vez vi aquele auditório realmente cheio, na palestra "1968: O que fizemos e o que faremos de nós?" em que o músico Marcelo Yuka participou - infelizmente as pessoas estavam lá muita mais pela sua fama do que pela suas idéias. Mas para que essa juventude alienada participe vale de tudo.
A única reclamação que tenho a fazer é com a infra-estrutura da faculdade, como pode uma faculdade de comunicação, tão respeitada, tradicional, não ter um auditório decente para receber seus convidados e alunos? Cadeiras mais confortáveis, ambiente mais arrumado, mesas e poltronas de debates mais novas e confortáveis, melhor acústica, equipamentos mais modernos e melhores e principalmente acessibilidade, é uma vergonha a faculdade não ter rampas, nem elevadores, e um dos convidados ter que ser carregado para que pudesse adentrar aquele local. Além do que muitos deficientes físicos poderiam usufruir da nossa faculdade, estudando ou participando dos eventos. Pois toda vez que nossa colega Vanessa (que é cadeirante)tem que ter aula, as salas usadas tem que ser do andar térreo, mas e os laboratórios (Informártica, estúdios,...) ela não precisa deles?
Gostaria muito que a Facha, melhorasse a sua estrutura, não para mim, que já não vou estar. Mas para aqueles que ainda vão ficar.
Portanto caros colegas, lutem e lutem sempre para que seus direitos sejam respeitados e cumpridos. E aproveitem todos os momentos e ensinamentos que a faculdade nos dá.
Mônica Garcia
Mônica,
Agradeço muito a você por essa deliberação. É muito importante saber que esse evento teve grande importância para você como aluna. Tive a oportunidade de ser abordado por outros alunos com comentários dessa índole o que para mim é um grande prêmio.
Realmente a FACHA tem questões estruturais a serem melhoradas, e o grupo Circo Industrial está muito atento a estas questões e pretende sim dar continuidade a esse trabalho iniciado com o projeto "1968 - Uma Liberdade com Expressão". Tentaremos criar melhores condições para a disseminação cultural internamente permitindo uma maior interação dos alunos com a instituição e de ambos com o cenário externo - fora dos muros da faculdade. A questão da estrutura para deficientes físicos é algo já pautado por nós e que será movimentado o quanto antes para que cadeirantes e pessoas com qualquer tipo de deficiência possam usufruir da faculdade como uma pessoa comum. Afinal, eles são pessoas comuns e merecem ser tratadas como tal.
Espero que você fique atenta a FACHA apesar de estar deixando o ambiente da graduação neste momento, gostaria de conhecê-la quem sabe em um próximo episódio cultural organizado pelo Circo Industrial. E lhe garanto que terão outros grandes episódios! =]
Você está intimada a disponibilar um e-mail ou algum outro contato a fim de que lhe enviemos notícias do desenvolvimento de novos debates e episódios culturais na instituição, ok?!
Grande beijo Mônica e agradeço muito por sua participação ao longo do evento e neste ambiente de exposição e debate que deve ser um blog!
Mônica sua observação municia demais o ensejo deste evento. Foi só uma ignição de aluno para aluno. E se o os "alunos diferenciais" da FACHA entederem o esforço de mudança, isso é o "passo à frente" que esperávamos. A seara de idéias do Grupo Circo Industrial, induz todo o manifesto de mudança e coerência com cultura, além de diagramar uma nova postura contra "hierarquias acadêmicas".
Seu manifesto já denota sua presença ( mesmo que você cumpra sua passagem pela instituição ) e cobre as interferências de outrem..Outros que nem tiram as "nádegas dos aparadores" ( sem falar os que estão com os "C´s" na seringa ) para verbalizar o consumo do projeto. Seus verbetes traz-me esperança, e sublinha a nossa estratégia. Espero muito que deposite mais fidelidade e "oxigênio" para o circo. O Circo Industrial é um pólo irrigador de ação e de acunpultura no expediente mental das "caras de sossego". Os que sabem aprendem e os que não sabem ensinam...
Um grande beijo e disponibilize suas infovias de contacto !!
Hélio Rodrigues
Guilherme querido... a organização do evento desejou muito mais...do que você imagina.O "desejar" foi só um dissabor decorrente do verbo...! Somos "INCAS"... 40 anos depois ! Já é um avanço a crítica de um aluno da FACHA, visto que, é difícil o aluno, sentir "tesão" até para manifestar-se com a sua própria "arrancada".Agora sim... vejo que os verbos são horizontes sem fim. É isso cara...quando pode-se reunir "gratuitamente", Yuka ( veja além "MAR DE GENTE"..underSTAND-UP...PHASE ), família "Rocha", um aluno da "ÉBA"..ÊBAaa..outra faculdade dentro do forasteiro "olhar da FACHA"..é notório que pelo menos um dará vertente de agrado ou exigirá o "impossível" dentro do adormecido. Então..amigo..ainda tem a participação AFETIVA de Caetano Veloso..um "souvenir de luxo" para dissinência de cultura dentro da FACHA. Beba o orgulho de estar próximo de uma "orquestra de ação" dentro da sua instituição. Poderia te contar numerosas "caras nas portas", mas...o que é de nutrição para o aluno ( na óptica do Circo montado )é fazê-lo regurgitar sua própria iniciativa. As falhas do evento ( como a do TIM FESTIVAL à FASHION RIO ) saí pela urina. Vitória é saber que você está depondo na "providência" do que foi feito para você, mesmo desconhecendo as grossas dificuldades que é montar um "Circo de vida Inteligente" que transpira sua própria evolução. Estamos aptos, evoluídos e translúcidos com os interesses de pessoas interessadas a serem "sentinelas avançados da comunicação". Procure-nos..
Um grande abraço e SARAVÁ !!
Hélio
É impossível ter compreenssão dos fatos, sem se comover, afinal, o que todos vivemos, respiramos e transpiramos, foi como disse meu amigo Hélio, fruto de nossa evolução, frente as dificuldades de uma seleção natural, como Darwin já previa, passamos na prova, e agora somos nós, renovados e prontos para mais...
Queria também agradecer a iniciativa de algumas pessoas que contribuíram:
Todos que ajudaram a criar e produzir o evento "1968 - Uma liberdade com expressão".
Nós do grupo ficamos agradecidos de poder ter feito tal evento para todos, mas quero mesmo assim agradecer também, o nosso grupo que teve que lutar para conseguir manter as idéias em constante evolução.
Agradeço também aos professores, como José Eudes que partcipou da peça e Aristídes Alonso que produziu um ótimo texto sobre 68.
Agradeço todos os funcionários da faculdade, como o xerife Marcelão, Dráuzio e sua boa vontade e todos os que ajudaram.
Agradeço todos os alunos e ex-alunos que participaram, como o querido Júlio Baptista, que nos trouxe a alegria, junto com a Orquestra Voadora, no dia da apresentação teatral.
Agradeço ao nosso querido Hélio Alonso, que deu total apoio e nos homenageou com sua presença em uma das palestras, como palestrante, é claro! rs...
Sua filha Márcia Alonso, que vem também contribuindo para o crescimento e amadurecimento do grupo dentro da faculdade...
Agradeço, enfim, todos que participaram, contribuiram e respiraram o ar da mudança, da renovação e da esperança... do evento "1968 - Uma liberdade com expressão".
Bruno da S. Panetti Santos
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